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Mostrando postagens de 2010

Ano Novo

A coragem de mudar está representada em um texto que adoro e diz: “ Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas Que já tem a forma do nosso corpo E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares É o tempo da travessia E se não ousarmos fazê-la Teremos ficado para sempre À margem de nós mesmos “ Para mim, as mudanças estão chegando e elas começam cedo. Como faço aniversário no segundo dia do ano, o primeiro dia de 2011 é na realidade, o último de 2010 . É como conto o meu tempo, os meus 365 dias de dias, noites, sol, chuva. Reclamava de aniversariar em janeiro. Presentes junto com os do Natal, festas sempre prejudicadas por causa de muitos amigos viajando. Coisas de criança (será?) . Quase todo o capricorniano que conheço reclama disso. Eu, reclamava. Hoje, comemoro sempre o fato de virar mais uma página, no meu calendário, de estar viva e poder sentir tristeza, medo, alegria, surpresa. Comemoro os amigos que estão perto ou

Sorrir

Trânsito horrível, humor péssimo, TPM total. Aqueles dias em que,  literalmente, se baterem você no liquidificado não vai dar nem   meio copo. E de repente, passa alguém e abre aquele sorriso, como se você com todas as suas “boas”   energias fosse um catalisador de algo positivo.  Como se você fosse  aquele  ser humano zen,  que abraça árvores, conta estrelas e etc... O sorriso é algo que se recebe sem se questionar . Tem gente que sorri tanto, que a impressão que tenho é que tem mais dente do que boca. E daí? Melhor do que receber é retribuir. Sorrir faz bem, ainda mais quando vem de dentro. Sabe aquela gargalhada interior?  Chegar a gargalhar pode ser um pouco difícil...   A questão não é saber se o mundo vale a pena. É fazer uma forcinha.   Não precisa sorrir  o tempo todo para que o outro  supo nha que você é  feliz.  Charlie Chaplin ,  gênio que era , sabia do valor de um sorriso, de um esboço que fosse. Permita o momento. A gente só  precisa  começar  de algum  jeito  tentar s

E se?...

"E se?"... Presente em todos os momentos. Nas certezas e incertezas, lá está ele a martelar nossa cabeça. "E se?" Olha ele de novo,  na fala de um filme, em um trecho de livro, na nossa existência. E se eu tivesse dito sim? E se eu tivesse dito não? E se eu tivesse saído com aquele cara? E se eu não tivesse saído?  E se eu tivesse aceitado aquela promoção? E se eu... Oportunidades, amores, amizades... Todos eles baseados no tal de "e  se...". Quando quebramos a cara e nos arrependemos, lá está ele firme e forte a nos angustiar. E se? E se? E se? E a gente insiste que se a opção fosse outra, a vida estaria um mar de rosas. O que sei, mesmo sem nada saber, é que se eu tivesse dito sim estaria me perguntado "e se" da mesma forma que se eu tivesse dito não. O "e se"  independe da opção. É um perseguidor daquelas coisas que queremos que sejam certas na nossa vida. Se algo muda, desvia do rumo, acontece como não sonhamos, precisamos de um cul

A casa de Cora

Nesta semana, graças a paciência de dois amigos queridos, tive mais uma aula de como se colocam  portas, se levantam paredes, se constroem  pontes e como doces viram lembranças. Não estou fazendo  nenhum outro  curso, além daquele de me permitir viver.  Essa pequena aula eu tive em uma cidade conhecida por Goiás Velho, ao entrar por uma porta verde, em uma casa velha da ponte sobre um rio chamado Vermelho.  É que fui visitar Cora Coralina. A casa onde ela nasceu, viveu, partiu, retornou e partiu novamente. Pessoa linda, como tantas outras,cujas palavras me encantam. "Recomeça. Faz de tua vida mesquinha um poema".  Aninha (sim seu nome era Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas) , ou melhor Cora, me deixou visitá-la  e, por um momento, permitiu que sua casa real fosse um pouco minha. Como se colocam portas, se levantam paredes, se constroem  pontes? Saindo do aconchego do que  cremos ser verdadeiramente nossa casa e nos lançando pelo mundo para depois voltarmos para o que acred

Grata pelo outro

Outro dia liguei para uma amiga minha para desejar Feliz Aniversário. Dessas amigas para quem eu ligo pelo menos uma vez por ano, que conheço desde a pré-história, mas que a vida levou por destinos diferentes. O incrível é que moramos na mesma cidade. Ao terminarmos nossa conversa ela disse “sou muito grata por você fazer parte da minha vida”. Gratidão mútua, que me deixou comovida. Não por ela ser uma dessas amigas que amamos sem nunca ver, porque em algum momento nos ajudou a sermos protagonistas da nossa existência, mas por ter esse sentimento de gratidão pelo outro. Ser grata pelo outro. Ser grata apenas pelo fato de que, em algum momento, o outro ter participado dessa pintura que é nossa vida. Obra de arte? Nem sempre. Às vezes, tão imperfeita que parece o contrário. Sem retoques, com manchas, sombras, luz e cor. Mas, com a contribuição desse outro que passou ou ficou, disse olá, adeus, te amo, te odeio, obrigada ou já vai tarde. De quem deu alegrias e também fez chorar. Ser grata

Desculpe por desejar bom dia

Outro dia estava atravessando a rua quando um senhor me disse “bom dia” para logo em seguida emendar, “desculpe, pensei que fosse outra pessoa”. O mundo anda tão caótico e as pessoas tão distantes uma das outras, que o fato de alguém se desculpar por desejar a você que o dia seja no mínimo razoável se transforma em um pedido de desculpa. Opssss, dei bom dia para a pessoa errada. E quem é afinal a pessoa certa? O conhecido ou o desconhecido? Estranho esse mundo. Acho que não deveríamos nos desculparmos por viver nele, nem por sermos educados e gentis. Não deveríamos ter vergonha de cumprimentar o outro, deveríamos ter vergonha de nós mesmos por não fazê-lo. Se a “tia” do maternal  nos visse agora, com certeza ficará chateada por termos esquecido lições tão básicas. O “bom dia” associado ao “com licença” e ao “muito obrigado” torna tudo um pouco melhor. Deixe-se confundir. Permita-se todos os dias se dirigir ao outro como se fosse um conhecido e lhe desejar um sonoro bom dia. Permita-se

Polvo Paul e meu futuro

Morreu o polvo Paul. Repercussão total de pesar. Esse molusco marinho da classe Cephalopoda e da ordem Octopoda se tornou famoso por causa da Copa do Mundo. Oráculo. Acertava todas. A morte de Paul me fez pensar sobre futuro. Qual a graça de saber o futuro? A graça reside em se poder ganhar com ele por causa de um palpite acertado ou vivê-lo intensamente? Onde você estava há dez anos? Quais eram seus palpites? Ao andar para a esquerda ou para a direita parou na escolha certa? Houve uma época na minha vida que acreditava que segurança era não estar só. Em outro momento, um bom trabalho bastava. Direita, esquerda, meio. Palpites? Vários. Acertos? Alguns. Milhares de olhos ( no meu caso invisíveis) atentos às minhas escolhas. A família, os amigos da família, o conhecido da rua de cima, os desconhecidos... Um grupo e tanto de torcedores prós e contra. Ao refletir sobre Paul cheguei a uma conclusão: não sou um polvo em um aquário, mas sou um ser humano em constante exposição. Acima de tudo,

Sentar no chão e chorar

Não sei se você já sentiu aquela vontade de no meio de uma reunião, de uma edição de texto, de uma leitura de relatório, sentar no chão e chorar. Chorar mesmo,  como se fosse uma atriz de novela mexicana e tivesse perdido a pessoa mais querida do mundo. Nesses momentos, posso até correr o risco de perder o emprego, mas não estou perdendo ninguém. A única certeza que tenho é a de que estou recebendo uma visita. Que surpresa! Não é a TPM ( que pode ser pré, pós e durante). Quem chega é um cara que adora dizer “olá” de vez em quando chamado estresse. Conhece? Cara chato, mas inegavelmente um companheirão, que  tem o poder de me fazer sentar no chão e chorar. Sim, porque descabelada e com ar alucinado acho que já fico naturalmente com sua chegada.  Por isso, sempre tem aquela pessoa de bom coração que pergunta “ - tá tudo bem com você?”. Com certeza, já captou os primeiros sinais de insanidade e quer garantir que não vou atirar o celular, o grampeador  ou qualquer objeto nela. Pessoa simpá

Beijei um sapo.

Quantos sapos a gente não beija nessa nossa existência e quantos príncipes continuamos a esperar enquanto a ampulheta do tempo se esvai. Bonito, né? Mas, o sapo continua lá. Lembro que uma vez, em uma festa tinha um garoto lindo de morrer. De morrer mesmo, porque ele não podia sorrir porque faltava um dente. Tudo bem, defeito pequeno, fácil de consertar. Mas, eu não tinha tempo. Lembro também daquele liiiiiiiindo musculoso em sua moto e que um dia me aparece de bicicleta, sunga, camiseta regata, meia três quartos e chuteira. Pera aí? Ou ele nadava ou jogava futebol ou andava de bicicleta. E cadê a moto? Acho que foi em momentos como esses que constatei literalmente que as aparências enganam. E como. Não sei o que é pior, se sentir Cinderela ou querer ser ela lavando chão à espera do salvador. Haja escovão! Ou então ser Branca de Neve, morta em vida, à espera do beijo salvador. Vida engraçada essa de princesa, para não dizer sofrida. E viva a modernidade!. Se o tempo não pára, vamos co

Chove

Chove.  A seca acabou, o verde voltou e a vida se lembra que é mesmo primavera. Alguns nem percebem a chuva, estão apressados , preocupados com a rotina, a política, a religião, a liquidação...São apenas pontos coloridos vistos do alto, de onde ela cai. Do profundo ao supérfluo estão todos  na mesma estação. Uns sofrem e outros amam. Amam o quentinho da cama, os pingos no rosto, o céu nublado e agradecem. Abençoados. Outros amam a água que cai na terra,  a plantação, a perspectiva de alimento na mesa e agradecem. Abençoados. A chuva pode ser  o aconchego ou a esperança, depende sempre do referencial. Pode ser a alegria ou a tragédia. Depende do momento, do lugar e do estar. Chove. Eu só posso agradecer por viver em um mundo em que a natureza se manifesta , hoje com alegria. Estou viva, diz ela. Você está?

Criança

Sinto saudades... De todos os meus 12 de outubro e dos que ainda virão. Do privilégio de simplesmente ser. Da escola gigantesca para a visão do meu metro.   Dos presentes, brincadeiras, parquinhos, desenhos.. Sinto saudades do que vivi criança, da criança que sou e da que ainda  me permitirei ser. Sinto saudade do mundo cor-de-rosa e não globalizado.  Nessa brincadeira de esconde-esconde que é a vida, ainda bem  que  sei onde encontrá-la, principalmente no 12 de outubro. Dá licença, que vou  ver desenho.

Um mais um

“Mãe sabe o que é o tempo? É um mais um , mais um, mais um, mais um”..... A pergunta, seguida da explicação, veio da minha filha quando ela tinha uns quatro anos. Um mais um. O tempo, como mexe com a gente, com o que somos e ainda vamos ser. Tenho uma colega que quer sempre ter vinte anos , outra se recusa tanto a mudar de idade  que já tive que ouvir coisas do tipo: nossa, se vocês estudaram juntas como ela consegue ser bem mais nova ? Só posso rir e responder: é superdotada! O medo de envelhecer, de que o um mais um chegue  de forma definitiva está sempre rondando. Creio que o tempo é uma dádiva, que com ele aprendemos,  quebramos a cara, mas estamos sempre caminhando, mesmo quando andamos em circulos somamos no um mais um. Viver um dia de cada vez é importante para mim. Sou viciada em viver e em tudo que vem junto, mas sei que um dia o meu relógio também vai parar. Enquanto isso estou no  um dia mais um dia. O verdadeiro relógio carrego dentro de mim. Não é aquele biológico

Pausa

Quando era adolescente  fui assistir ao filme “ Irmão Sol, Irmão Lua”. São Francisco de Assis está mais na moda do que nunca e isso literalmente : ecológico e despojado, como diria uma amiga minha, direto da laje. Hoje, em um desses raros momentos em que nos permitimos pausas ( já dizia o poeta  que a vida precisa delas) pensei nessa pessoa que abre mão de tudo para seguir algo em que acredita. No caso, esse irmão Sol. Em que acreditamos hoje? No prêmio acumulado de 115 milhões de reais da Mega Sena? Que a mão coçando é presente na certa (como diz minha avó) ou uma micose (como vive dizendo minha filha)? Que o ideal é escalar pedras e se aventurar (convite de um filho destemido e natureba demais)? Como se despojar de roupas, de bens, como ter diante da vida uma atitude franciscana? Como sair do conforto do sofá velho e mudar? Como tirar essa segunda pele que gruda na gente e quanto mais o tempo passa, mais grudada ela fica com o nome de acomodação? Perguntas e mais perguntas. As pausas

Perdas e achados

O pai de uma amiga  acaba de morrer. Dor imensa. E isso me remeteu   a todas as perdas que sofremos e do que elas nos fazem achar/encontrar. Foi na perda do meu pai, por exemplo, que achei o amor profundo que sentia por ele e que estava escondido em algum lugar. Foi enquanto   ele lutava contra um câncer, que eu descobri que o que eu acreditava serem defeitos eram    na realidade, as grandes qualidades. Um achado na minha perda. E ao longo de minha vida, assim como da sua ou de qualquer outra pessoa, a sucessão de perdas e achados são enormes. Não é um “achado e perdido” comum. Não é algo que se perde e se encontra com facilidade. Que alguém acha e devolve. Não existe uma sala ou um retorno pelo caminho para se encontrar. Não se pode olhar o chão, não é uma chave, mas é a chave. Não se recicla, mas, às vezes, é preciso revirar o lixo e mesmo assim, encontrar força para olhar para frente. Pelo menos, é assim que  penso. Muitas vezes, é algo que apenas está escondido sob a forma de raiva

Escolhas

Pensava sobre escolhas e quanto tempo elas refletem em nossa vida. Duram para sempre? São passageiras? Têm o ciclo de um mandato? Mandam na nossa existência? Colocam comida na nossa mesa? Nos tornam mais atraentes? Nos fazem mais feios? Mais tristes? Mais penalizados com o que somos? Ah, as escolhas. Não me arrependo de nenhuma. Aprendi com todas elas, até naqueles momentos em que simplesmente desistimos no último segundo. Se viver fosse fácil, acho que seria tão sem graça. Se as escolhas fossem sempre acertadas, também. É a chamada dor do crescimento, às vezes, dói só nos joelhos (segundo relato de uma amiga a quem vou dar um voto de confiança), outras, no corpo inteiro. Estamos todos os dias em tempo e momento de escolhas e de lamentos. Aquela pessoa que não beijei. Aquele emprego que não aceitei. Aquela história que não escrevi . Aquele momento que não me permiti. Escolhas. Estava aqui pensando sobre elas: as certas e as erradas que fazemos por aqui. Da política a vida pessoal .Às v

Ela chegou

  Hoje recebi uma visita que gosta de ser itinerante. Ela não fica só na minha casa. Está em vários lugares ao mesmo tempo, com sua cara florida e ar de piquenique. Como consegue? Fonte de inspiração constante.De Vivaldi a Tchaikovsky passando por Beto Guedes e Tim Maia, ela cabe em todos os ritmos. Como consegue ser tão linda? Sempre critico  os excessos e nela, ah nela,  tudo é absolutamente excessivo, a começar pelas cores. Só que nesse caso, não cabe crítica. Ela pode abusar do batom vermelho e da sombra azul. Quem se importa? Por enquanto, essa minha e sua prima está por aqui, para  lembrar que, às vezes,  se chega também de mala e flores. Talvez por isso, seja tempo de se permitir florescer. A Primavera chegou hoje aos nove minutos. Seja bem vinda. Até dezembro, quando chegar aquele  cara quente, a gente se renova.

O lado Pollyanna e a brisa

  Ontem à noite, quando sai do trabalho, no  percurso até o carro  senti uma brisa forte. O percurso é sempre o momento em que ao mesmo tempo que agradeço por trabalhar tanto e estar inteira após mais um dia,  sempro penso que quando estava prestes a chegar a esse mundo alguém perdeu a minha ficha em que vinha escrito em letras garrafais “nascida para ser madame”(leia-se sustentada). Nessas horas, em que estamos profundamente cansadas, o lado feminista quase grita para ser Amélia, não a Earhart (aquela americana que adorava pilotar), mas a do Ataulfo Alves.  Mas, voltando ao momento brisa, aquele ventinho me fez tão feliz quanto o cheiro da terra molhada pela primeira  chuva ( que aguardo ansiosamente) . Em meio ao  cerrado árido, a esse tempo de seca, queimadas e sol escaldante, a noite estava fresca e me senti absurdamente grata, não pelo trabalho, mas pelas possibilidades. Pelo céu estrelado e pela lua. Não lamentei pela ficha perdida na fila de nascimento. Não desejei queimar suti

Amigos e o apesar de

Estava aqui pensando nas pessoas que passaram pela minha vida, nos meus amigos. Essa nossa família que escolhemos por opção. Ela, às vezes,  também decepciona, mas ainda não existe lei que oficialize a ex-união, o ex-amigo, por isso temos que carregá-lo inteiro ou aos pedaços, como parte do que somos. Amigos são pessoas que levamos por toda vida, mesmo quando deixam de ser amigos, mesmo quando crescem e deixam de ser aquela pessoa super bacana, para virar aquele ser que desconhecemos e que se tornou insuportável ( será que o pensamento é recíproco?). Alguns amamos tanto ou nos sentimos tão responsáveis pela existência que nos permitimos a desculpa do “apesar de”. Como existem vários niveis de amizade ( o da intimidade, o da fofoca, o da diversão...) uns passam do primeiro nivel para o  “sei lá qual” . Outros vão crescendo de conceito até conquistar uma estrela, um diploma na parede. Mas, não importa. Em algum momento, essas pessoas foram o centro da nossa vida gravitacional ou vice-

A gentileza de Helena Bortone

Heleninha Bortone  nos deixou há dois anos. Era junho. Mas, acredito que as pessoas ao representarem algo, nesta nossa existência, vivem para sempre. No caso dela, isso acontece  toda vez que recebo uma gentileza ou  me "lembro"de ser gentil. Por favor, com licença e muito obrigada, palavras mágicas, dizia um professora. Para mim a grande mestra foi Heleninha, ou melhor, a tia Leninha . Naquele junho, o mundo com certeza perdeu um pouco de sua mágica. “Gentileza gera gentileza”. Quem teve a oportunidade de receber de Heleninha Bortone essa mensagem do profeta Gentileza junto a um pequeno imã  como recordação de um desses finais de ano, sabe a essência  do que ela É. Helena Bortone é sinônimo de suavidade. Crianças e adultos tinham lugar na sua vida. Ela já foi a “Tia Leninha”, uma espécie de Xuxa anterior ao tempo em que se tornou moda fazer programas para crianças e onde conteúdo e respeito davam o tom. Atualmente, o seu espaço era a arte. Hoje ,ela se tornou um espaço den

É só uma chuva....

Nada como um dia após um outro e uma noite no meio. Sempre ouço alguém dizer isso quando tudo fica difícil e a vida parece  não ter  saída. Permita-se. Em tempo de seca e umidade baixa percebi que se a noite é necessária ao dia, a chuva é necessária para que se floresça. Casamento desfeito, amizade perdida, emprego faltando? É chuva! O cara que não liga, o filho que não estuda e a relação que não anda? É chuva! As coisas se refazem, se encontram, se percebem. As pessoas crescem e supreendem e a fila sempre anda. Permita-se. É só uma chuva e o verde e as flores já  vão  chegar. Um lindo dia. Eu sou Ana e  com certeza, eu me permito.

Nem Estatal, nem Público - A experiência de ser Maria

Em 1982, não se discutia o Estatal, o Público ou o do Público. Essas não eram questões que dominavam nosso cotidiano, muito menos o meu, então aluna do curso de jornalismo e  recém-contratada como estagiária. Era outro século e me parece, outra vida. A máquina Olivetti, o carbono, o telefone, a caneta, o papel, o telex eram ferramentas essenciais para nós. O mundo globalizado, como o conhecemos, começava a dar os primeiros passos. Foi nesse contexto que fui apresentada a  Radiobrás, mais precisamente a Rádio Nacional AM de Brasília e ao Viva Maria. "Viva Maria, 120 minutos de informação e descontração, onde você homem também tem a sua vez. ", dizia a apresentadora.   De segunda-feira a sábado, de 10h ao meio-dia, o programa fornecia informações que iam "da viagem de Sarney à Itália, a denúncia de mortes no trânsito", como cita uma reportagem do Correio Braziliense de 13 de junho de 1986,sobre radialistas da cidade. Foi ali, no Viva Maria,  que ouvi pela primei

Madre Teresa ou Saddam, eis a questão.

É melhor destruir Torres ou construí-las? Dependendo do momento tem gente que escolhe a primeira opção. Acha o máximo a posição daquele maluquete querendo queimar livros e ter seus quinze minutos de fama. Se tivessse um avião então....SOCORRO. Tem pessoas que conseguem fazer da vida um 11 de setembro constante, mas não do lado das vítimas. O pior é que elas são o nosso 11 de setembro. Sempre prontas a destruir torres e não construí-las. E quem chamamos nessa hora?? O tal do livre arbítrio que não comanda a nossa vida, mas faz dela uma opção. Na outra ponta está Madre Teresa. Ela nem sempre é de Calcutá. Nem tão beata, mas sempre pronta a oferecer o ombro e o colo. Um dom de agregar, reunir, que desperta inveja e que em algumas ocasiões faz quebrar a cara. Hello! Vamos chamar de novo, não o Lionel Richie, mas o tal de livre arbítrio.É mais difícil e não tão clichê construir torres. Isso requer muito trabalho. Destruir é tão fácil. Permita-se ser Madre Teresa, desde que não usurpe dela