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Mostrando postagens de junho, 2014

Me torno um país

Confesso que sou uma negação no futebol. Não entendo nada. Mas, a cada quatro anos, por causa dele, me torno um país. Fico colorida de verde, amarelo, azul e o que é melhor, cheia de estrelas. Difícil não se contagiar pela energia de uma torcida única. Difícil não se emocionar com um hino cantado a capela. Essa ideia do único, em meio a tantas diferenças, se torna um objetivo porque nos mostra o que poderia ser. A felicidade é um direito por onde passam todas essas emoções como choro, angústia, frustração e  alegria. Alienação? Creio que não. De vez em quando, a gente precisa do circo para correr atrás do pão. Que me perdoem os críticos. A  cada quatro anos me transformo em um país e tenho muito orgulho disso.

A idade do afeto

Outro dia uma amiga minha, que não vejo há anos, me passou uma mensagem para me dar uma ótima notícia. Liguei na hora. Não nos falávamos há tempos, mas me pareceu que foi ontem. Para essas pessoas que estiveram comigo desde sempre ou pelo menos, desde que me lembro por gente, o tempo é do afeto. A relação do afeto é engraçada porque  não  tem rugas. Enxergamos o outro com a idade que não envelhece. Somos aquelas crianças ou jovens estacionados no momento. Estamos mais maduros, resolvidos. Os estudos deram lugar ao trabalho ou estão a ele associado. A vida ganhou outros protagonistas como filhos, maridos, ex  ou nenhum dos anteriores e simplesmente independência. O tempo do afeto faz com que o outro seja o amigo  inesquecível para sempre querido. Longe, mas sempre ao nosso lado.