E se?...
"E se?"... Presente em todos os momentos. Nas certezas e incertezas, lá está ele a martelar nossa cabeça. "E se?" Olha ele de novo, na fala de um filme, em um trecho de livro, na nossa existência. E se eu tivesse dito sim? E se eu tivesse dito não? E se eu tivesse saído com aquele cara? E se eu não tivesse saído? E se eu tivesse aceitado aquela promoção? E se eu... Oportunidades, amores, amizades... Todos eles baseados no tal de "e se...". Quando quebramos a cara e nos arrependemos, lá está ele firme e forte a nos angustiar. E se? E se? E se? E a gente insiste que se a opção fosse outra, a vida estaria um mar de rosas. O que sei, mesmo sem nada saber, é que se eu tivesse dito sim estaria me perguntado "e se" da mesma forma que se eu tivesse dito não. O "e se" independe da opção. É um perseguidor daquelas coisas que queremos que sejam certas na nossa vida. Se algo muda, desvia do rumo, acontece como não sonhamos, precisamos de um culpado. Se recebemos uma crítica, um elogio mal construído nada mais perfeito que duas palavrinhas seguidas de um ponto bem grande de interrogação ou então de breves reticências. "E se?". "E se...". Independente do nosso livre arbítrio o "e se" estará sempre a questionar nossas decisões. Tão nossas e tão erradamente acertadas. O "e se" é nosso arrependimento não assumido. Um arrependimento velado. Negar o "e se" é como negar que somos gente, planta, bicho ou seja lá o que você se sentir nesse momento. A certeza é parceira do "e se?". Um não vive sem o outro, como o erro não vive sem o acerto e como nós não vivemos sem os dois.
Amiga, o segredo é usar o E SE só no sentido de presente ou futuro. E se eu aceitar? Sair? Negar? e NUNCA no passado: e se eu tivesse aceitado? Saído? Negado? O passado não existe mais, logo, quando pensamos no que teria sido, esquecemos o que É e o que ainda pode ser.
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