Primeira pessoa
Estava assistindo a um desses inúmeros programas na televisão, quando o entrevistado começou a falar de si mesmo na terceira pessoa. Pensei com os meus botões “outra alma perdida”. É sério, quando alguém começa a falar assim é um caso perdido, para não dizer um ser perdido entre a primeira e a terceira pessoa. Entre a fama e o anonimato. Quem sou eu? Quais os meu problemas? Os meus defeitos? São meus ou de um eu que é ele ou ela? Lembro de uma amiga ter me chamado a atenção ( lição número mil) para o fato de quando eu expressava uma opinião, às vezes, colocar o mundo na berlinda. Era um tal de “ nós seres humanos” para cá e para lá. Lógico que precisamos ser muitos e o coletivo cabe que é uma beleza. Acredito que em alguns momentos eu também precise de uma dose extra de autoestima para enfrentar determinadas situações. Nessas horas, o "se achar" não faz mal nenhum. Aprendi a me colocar no problema e a esquecer um pouco os outros que podiam ser até eu mesma. Aprendi a ser primeira pessoa absoluta de mim mesma, responsável pelos meus erros e meus acertos, consciente do livre arbítrio, das perdas e das vitórias. A consciência de ser um eu que pode até machucar, mas que representa a essência do que se é de verdade: primeira pessoa sempre.
Esse final é um bom lema para a vida... acho que vou tornar um mantra.
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