Me torno um país
Confesso que sou uma negação no futebol. Não entendo nada. Mas, a cada quatro anos, por causa dele, me torno um país. Fico colorida de verde, amarelo, azul e o que é melhor, cheia de estrelas. Difícil não se contagiar pela energia de uma torcida única. Difícil não se emocionar com um hino cantado a capela. Essa ideia do único, em meio a tantas diferenças, se torna um objetivo porque nos mostra o que poderia ser. A felicidade é um direito por onde passam todas essas emoções como choro, angústia, frustração e alegria. Alienação? Creio que não. De vez em quando, a gente precisa do circo para correr atrás do pão. Que me perdoem os críticos. A cada quatro anos me transformo em um país e tenho muito orgulho disso.